quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Queimadas de outrora

FALO DE QUEIMADAS DO MEU TEMPO, QUEM QUIZER QUE FALE DO SEU!!! Aqui tem espaço, só é nos mandar material.

----------------------------------------------------------------------------------------------

Quem não estudou no Ernestão.

Quem não aprendeu datilografia com seu Tarcísio.

Quem não assistiu filmes no “cinema” de Fernando Vital.

Quem não dançou nas matinês no Clube aos domingos.

Quem nunca foi as serestas do Clube.

Quem nunca foi aos jogos do Bahia, torcendo a favor ou contra.

Quem nunca viajou na Condor.

Quem nunca namorou no muro da igreja (da casa paroquial) ou na calçada de seu Tarcísio.

Quem não desfilou no 7 de setembro.

Quem não namorou na Festa de Reis.

Quem nunca subiu a Pedra do Touro.

Quem nunca roubou caju na serra.

Quem nunca cortou cabelo com Mané Guiné.

Quem nunca dançou nas quadrilhas juninas (Arriba Saia, Chega Mais e Passa e Fica).

Quem não conheceu Zé Miranda, diretor do Ernestão.

Quem não foi partidário de Saulo ou de Tião.

Quem não foi rezado do d. Antonia Alexandre.

Quem nunca foi para o Rio de Janeiro.

Quem não comeu picado na feira.

Quem não tomou gelada na feira.

Quem não comeu cachorro quente no Saldanha.

Quem nunca tomou vitamina de banana nas barracas do contorno.

Quem nunca comeu doce de leite, também, nas barracas do contorno.

Quem não conheceu a casa de jogos de seu Moura.

Quem não comprou camisas em Paulo “AIDS”.

Quem não levou ou presenciou os carões do Padre Antonio Lisboa nas missas.

Quem não foi fotografado por seu Baninho.

Quem não tinha em casa um móvel feito por Zé Luna.

Quem nunca engraxou os sapatos na calçada da igreja.

Quem não lembra do ônibus da prefeitura (estudantes) dirigido por Dé Marques.

Quem não lembra das filas para a merenda no Ernestão.

Quem nunca tomou banho no açude de d. Doura.

Quem não foi nas inaugurações de energia elétrica nos sítios, nos tempos de Tião prefeito.

Quem não lembra da rivalidade entre o Ernestão e D. Dulce (a escola).

Quem não lembra do Ernestão todo aberto e suas paredes internas cheia de palavrões.

Quem não lembra do forrozão do Ernestão que foi criado por Zé Miranda.

Quem não lembra quando João Bastos começou a vender os terrenos que hoje forma a Vila.

Quem não lembra do massapê na Vila na época do inverno.

Quem não dançou em festas no grupo da Vila organizado por Murilo, Nilsom e Toinho de d.Rita.

Quem não participou ou assistiu o pastoril de Gonçalo.

Quem não teve medo da “mulher de branco” que “aparecia” no banheiro da escola.

Quem não lembra de Biu Alejado.

Quem não dançou no Top Dance.

Quem não foi ao circo Borborema.

Quem não foi as festas feita por Adalto Marcário na Furna.

Quem não participou dos Clubes de Jovens.

Quem não lembra da Paixão de Cristo feita por Gorete com a Via Cruzes do Castanho até o cemitério.

Quem não foi a Boqueirão tomar banho no túnel.

Quem não estudou catecismo se preparando para a 1ª comunhão.

Quem não esperou o ônibus no ponto de Ozemar.

Quem não comprou jornal em Carmelita.

Quem não foi a vaquejada perto da rodoviária federal e tempo depois na fazenda de seu Clovis.

Quem não lembra das missões de Frei Damião.

Quem não lembra das terríveis filas para tomar vacinas.

Quem não “amou” no cercado de d. Doura.

Quem não ia para o Ernestão de bicicleta.

Quem não participou da primeira feira de ciências do Colégio de Zé Miranda.

--------------------------------------------------------------------------------------------------

Esclarecendo: devo dizer que essas lembranças são minhas de um período de aproximadamente 15 anos, de pouco antes de 1980 até por volta de 1993. O que não quer dizer, é claro, que todos dessa geração viveram esses momentos. Procurei sintetizar, trazendo a lembrança fatos que foram comuns ao maior número de pessoas possíveis, deixando de fora detalhes mais singulares, vivenciado apenas na minha comunidade, a exemplo das novenas de natal e da campanha da fraternidade rezadas pelas meninas de Antonio Mariano e d. Ziza e d. Zefinha Barandão, da brincadeira de quebrar-coco na Semana Santa, da Pedra do Sino, de buscar água no açude de seu Carlos, ir a pé do Ernestão pra casa, vir para rua as noites e voltar comendo bolacha ou pão, dançar o São João em Alaíde Veloso, fazer o censo, e outros.

Como também ficou de fora alguns detalhes que fugiu ao meu convívio, já que nessa época eu fazia um trajeto P do Sino, Olho d’água, Ernestão, Vila.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

José Lopes de Andrade

Lopes de Andrade em foto dos anos 50. 

Lopes de Andrade em fotos dos anos 70

A propósito! Quem é que conhece o cidadão dessas duas fotos acima? Nada é estranho diante de uma resposta negativa já que numa cidade sem memória, a coisa mais comum é não se conhecer a sua própria história, nem saber quem foram seus cidadãos ilustres. Isso é um mal clássico de Queimadas, uma cidade  onde a cultura é relegada a último plano, e se existe secretária de cultura, põe-se qualquer uma para dirigir...
E assim segue. As pessoas mais velhas conhecem pouco de nosso passado, agora imagine os mais jovens!!!
Voltando ao caso do senhor que aparece nas fotos, ele é José Lopes de Andrade, filho de Manoel Lopes de Andrade, que era filho de um os pioneiros habitantes da "rua" de Queimadas, isso lá nos idos dos 1800.
Lopes de Andrade, como era mais conhecido, foi sem dúvida, o cidadão mais ilustre dessa cidade, tornando-se bastante conhecido nos campos da administração pública e na educação, tanto local (Campina Grande) como estadual. Chegou a ser prefeito de campina.
De novo eu pergunto! Tem algum prédio público em Queimadas que leva seu nome? Alguma escola, algum logradouro, alguma praça, Ruas, Avenidas??? Se tem, me perdoe a ignorância. Mas ...

Recentemente achei no Portal Vitrine do Cariri, uma matéria sobre o velho mestre queimadense Lopes de Andrade, referente a republicação de um de seus livro. A matéria vai trasncrita abaixo.